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1.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 39(5): e00181222, 2023. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1550185

RESUMO

Abstract: Although mortality from ischemic heart disease has declined over the past decades in Argentina, ischemic heart disease remains one of the most frequent causes of death. This study aimed to describe the role of individual and contextual factors on premature ischemic heart disease mortality and to analyze how educational differentials in premature ischemic heart disease mortality changed during economic fluctuations in two provinces of Argentina from 1990 to 2018. To test the relationship between individual (age, sex, and educational level) and contextual (urbanization, poverty, and macroeconomic variations) factors, a multilevel Poisson model was estimated. When controlling for the level of poverty at the departmental level, we observed inequalities in premature ischemic heart disease mortality according to the educational level of individuals, affecting population of low educational level. Moreover, economic expansion was related to an increase in ischemic heart disease mortality, however, expansion years were not associated with increasing educational inequalities in ischemic heart disease mortality. At the departmental level, we found no contextual association beween area-related socioeconomic level and the risk of ischemic heart disease mortality. Despite the continuing decline in ischemic heart disease mortality in Argentina, this study highlighted that social inequalities in mortality risk increased over time. Therefore, prevention policies should be more focused on populations of lower socioeconomic status in Argentina.


Resumen: Si bien la mortalidad por cardiopatía isquémica ha disminuido en las últimas décadas en Argentina, la cardiopatía isquémica sigue siendo una de las causas más frecuentes de muerte. Los objetivos de este estudio fueron describir el papel de los factores individuales y contextuales en la mortalidad prematura por cardiopatía isquémica y analizar cómo estos cambiaron las diferencias educativas en la mortalidad prematura por cardiopatía isquémica durante las variaciones económicas en dos provincias de Argentina durante el periodo 1990-2018. Para probar la relación entre los factores individuales (edad, género y nivel de educación) y contextuales (urbanización, pobreza y variaciones macroeconómicas), se estimó un modelo de Poisson multinivel. Controlando el nivel de pobreza en el ámbito departamental, se observaron desigualdades en la mortalidad prematura por cardiopatía isquémica según el nivel de educación de los individuos, lo que afecta a la población con bajo nivel de educación; la expansión económica se relacionó con el aumento de la mortalidad por cardiopatía isquémica; sin embargo, el periodo de expansión no estuvo asociado a aumentos de las desigualdades educativas en la mortalidad por cardiopatía isquémica. En el ámbito departamental no se detectó asociación entre el nivel socioeconómico de la área y el riesgo de mortalidad por cardiopatía isquémica. A pesar de la disminución continua de la mortalidad por cardiopatía isquémica en Argentina, este estudio destaca que las desigualdades sociales con relación al riesgo de mortalidad tuvieron un aumento con el tiempo. Por lo tanto, las políticas de prevención deberán dirigirse más a las poblaciones de menor nivel socioeconómico en Argentina.


Resumo: Embora a mortalidade por doença isquêmica do coração tenha diminuído nas últimas décadas na Argentina, a doença isquêmica do coração continua sendo uma das causas mais frequentes de morte. Os objetivos deste estudo foram descrever o papel de fatores individuais e contextuais na mortalidade prematura por doença isquêmica do coração e analisar como as diferenças educacionais na mortalidade prematura por doença isquêmica do coração mudaram durante as flutuações econômicas em duas províncias da Argentina durante o período 1990-2018. Para testar a relação entre fatores individuais (idade, sexo e escolaridade) e contextuais (urbanização, pobreza e variações macroeconômicas), estimou-se um modelo de Poisson multinível. Controlando o nível de pobreza no nível departamental, observaram-se desigualdades na mortalidade prematura por doença isquêmica do coração de acordo com o nível educacional dos indivíduos, afetando a população de baixa escolaridade; a expansão econômica esteve relacionada ao aumento da mortalidade por doença isquêmica do coração; no entanto, os anos de expansão não foram associados a aumentos nas desigualdades educacionais na mortalidade por doença isquêmica do coração. No nível departamental, não foi detectada uma associação contextual entre nível socioeconômico da área e risco de mortalidade por doença isquêmica do coração. Apesar do contínuo declínio da mortalidade por doença isquêmica do coração na Argentina, este estudo destaca que as desigualdades sociais em relação ao risco de mortalidade aumentaram ao longo do tempo. Portanto, as políticas de prevenção devem ser mais focadas nas populações de menor nível socioeconômico na Argentina.

2.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 27(7): 2597-2608, 2022. tab
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1384449

RESUMO

Abstract Studies analyzing relations between cardiovascular diseases (CVDs) and environmental aspects in Latin American cities are relatively recent and limited, since most of them are conducted in high-income countries, analyzing mortality outcomes, and comprising large areas. This research focuses on adults with diabetes and/or hypertension under clinical follow-up who live in deprived areas. At the individual level we evaluated sociodemographic and cardiovascular risk factors from patient's records, and at the neighborhood level, socioeconomic conditions from census data. A multilevel analysis was carried out to study CVD. More women than men were under clinical follow-up, but men had higher frequency, higher odds, and shorter time to CVD diagnosis. Multilevel analysis showed that residing in neighborhoods with worst socioeconomic conditions leads to higher odds of CVDs, even after controlling for individual variables: OR (CI95%) of CVD in quartile 2 (Q2) 3.9 (1.2-12.1); Q3 4.0 (1.3-12.3); Q4 2.3 (0.7-8.0) (vs. highest socioeconomic level quartile). Among individuals living in unequal contexts, we found differences in CVD, which makes visible inequalities within inequalities. Differences between women and men should be considered through a gender perspective.


Resumo Os estudos que analisam as relações entre doenças cardiovasculares (DCVs) e aspectos ambientais em cidades latino-americanas são relativamente recentes e limitados. A maioria é realizada em países de alta renda analisando a mortalidade em grandes áreas. Esta investigação foca a população de adultos em acompanhamento clínico por diabetes e/ou hipertensão residentes em áreas carentes. No nível individual foram avaliados fatores sociodemográficos e de risco cardiovascular a partir dos prontuários médicos; e a partir de dados censitários, as condições socioeconômicas no nível da vizinhança. Mais mulheres do que homens estavam sob acompanhamento clínico, mas os homens apresentaram maior frequência, maior chance e menor tempo para diagnóstico de DCV. A análise multinível mostrou que residir em bairros com piores condições socioeconômicas leva a maiores chances de DCV, mesmo após o controle de variáveis ​​individuais. As OR (IC95%) de DCV foram: Q2 OR 3,9 (1,2-12,1); Q3 OR 4,0 (1,3-12,3); Q4 OR 2,3 (0,7-8,0) (referência: quartil de maior nível socioeconômico). Entre os indivíduos que vivem em contextos desiguais, encontramos diferenças nas DCV, mostrando desigualdades dentro das desigualdades. Diferenças entre homens e mulheres devem ser abordadas com uma perspectiva de gênero.

3.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 26(12): 6223-6234, Dez. 2021. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1350498

RESUMO

Resumo O objetivo deste artigo é analisar a associação entre o desconhecimento sobre a campanha de vacinação contra o HPV entre adolescentes e fatores individuais e contextuais. Estudo transversal com dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (2015). Foi realizada a análise bivariada e calculadas as Razões de Prevalência em uma Regressão de Poisson multinível (IC95%) para verificar o efeito das variáveis no desfecho. O desfecho esteve associado significativamente a ter 15-19 anos de idade (RP=1,36), estudar no turno da tarde/noite (RP=1,05), já ter tido relações sexuais (RP=1,10), com autopercepção do estado de saúde ruim ou muito ruim (RP=1,23), insatisfeito (RP=1,14) ou indiferente (RP=1,15) à sua imagem corporal, que falta às aulas sem consentimento dos pais (RP=1,10) e que estuda em escola pública (RP=1,24). Houve menor prevalência do desfecho entre o sexo feminino (RP=0,24) e em estados com maior desigualdade de renda (RP=0,80). O desconhecimento sobre a campanha de vacinação contra o HPV entre adolescentes foi associado às características individuais e do contexto da escola e da unidade de federação. Esses achados indicam a importância de fortalecer a promoção à saúde voltada aos jovens em vulnerabilidade.


Abstract The scope of this article is to analyze the association between lack of awareness of the HPV vaccination campaign among Brazilian adolescents and individual and contextual factors. It involved a cross-sectional study with data from the National Student Health Survey (2015). Bivariate analysis was performed and Prevalence Ratios were calculated, in a multilevel Poisson Regression (95%CI) to verify the effect of variables on the outcome. The outcome was significantly associated with being 15-19 years old (PR=1.36), studying during the afternoon/night shift (PR=1.05), having already had sexual intercourse (PR=1.10), with self-perceived poor or very poor health status (PR=1.23), dissatisfied (PR=1.14) or indifferent (PR=1.15) regarding their body image, playing truant from classes without parental consent (PR=1.10) and studying at a public school (PR=1.24). There was less prevalence of the outcome among females (PR=0.24) and in states with greater income inequality (PR=0.80). The lack of awareness about the HPV vaccination campaign among adolescents was associated with individual characteristics, the context of the school and the unit of the federation. These findings indicate the importance of enhancing health promotion for vulnerable young people.


Assuntos
Humanos , Feminino , Adolescente , Adulto , Adulto Jovem , Infecções por Papillomavirus/prevenção & controle , Infecções por Papillomavirus/epidemiologia , Estudantes , Estudos Transversais , Vacinação , Programas de Imunização , Análise Multinível
4.
Natal; s.n; 20210000. 127 p. tab, ilus, graf.
Tese em Português | LILACS, BBO | ID: biblio-1438183

RESUMO

Introdução: Os problemas crônicos de coluna estão fortemente presentes na sociedade e apresentam impacto relevante para a saúde pública pela sua alta prevalência e índice de incapacidade e absenteísmo que provoca na população. Muito tem se discutido sobre as possíveis causas desses problemas, no entanto pouca ênfase tem sido dada ao contexto social e políticas públicas envolvidas na sua gênese. Além disso faz-se se necessário maior investigação sobre a influência dos hábitos de vida, como uso de tecnologias e manejo desses casos na atenção primária da saúde. Além destes aspectos, essas condições podem gerar um aumento na demanda, aumentando o tempo de espera para o tratamento destas condições. Uma atenção primária à saúde (APS) organizada pode diminuir este alto número de casos, além de poder contribuir com condições infectocontagiosas, como o COVID-19, pois consegue atuar muito próximo da população e realizar atividades de acolhimento, educação em saúde, orientações quanto o isolamento e uso de medidas protetivas. Esta tese tem como objetivo analisar de modo ampliado os fatores que podem estar associados aos problemas crônicos de coluna, bem como o impacto da Atenção Primária a saúde no manejo da COVID-19 e no tempo de espera para o serviço especializado de fisioterapia. Metodologia: está dividida em quatro estudos. 1) estudo transversal, com análise multinível dos fatores associados aos problemas crônicos de coluna, a partir da Pesquisa Nacional de Saúde; 2) estudo caso-controle, com análise dos fatores associados a cervicalgia crônica em adultos jovens, a partir de dados primários; 3) estudo transversal, com análise multinível dos fatores associados ao tempo de espera para os serviços especializados de fisioterapia, a partir do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica; e 4) série temporal com dados de casos diagnosticados de COVID-19 e seus óbitos como desfechos nas capitais da região Nordeste do Brasil. Resultados: foi encontrada maior prevalência de problemas crônicos de coluna no sexo feminino (RP=1,23; IC95%1,15-1,30), com idade acima de 49 anos (RP=1,75; IC95% 1,1-1,90), e em indivíduos que realizam atividades pesadas no trabalho (RP=1,37; IC95% 1,28-1,46). Esteve associado a pior autoavaliação do estado de saúde (RP=3,92; IC95% 3,03-5,07), maior quantidade de dias com percepção de depressão (RP=1,70; IC95% 1,50-1,94), e presença de hábitos tabagistas (RP=1,37; IC95% 1,27-1,48). Houve também associação para problemas crônicos de coluna nas cidades com maior proporção de Núcleo Ampliado de Saúde da Família (NASF) por habitantes (RP=1,28; IC95% 1,07-1,54). Para as cervicalgias crônicas em adultos jovens, foi observada maior associação em indivíduos com maior comportamento sedentário (OR=2,41; IC95% 1,01-5,88) e com problemas de visão (OR=2,83; IC95% 1,26-6,38). Não foi encontrada associação entre cervicalgia crônica e hábitos posturais e uso de aparelho celular. Quanto ao tempo de espera para o serviço especializado de fisioterapia, foi encontrado menor tempo de encaminhamento nas equipes de saúde que receberam apoio para o planejamento e organização do processo de trabalho (p<0,0001), naquelas que disponibilizam informações sobre a situação de saúde (p<0,0016), nas equipes que possuem contra-referência (p<0,0001) e nas equipes que são apoiadas pelo fisioterapeuta do NASF (p<0,0001). Já no manejo da COVID-19 uma maior cobertura da APS (p=0,01), além de uma maior taxa de isolamento social (p=0,001) mostraramse como fatores atenuantes para a disseminação desta doença e seus óbitos. Conclusão: Observa-se uma associação dos problemas crônicos de coluna tanto com fatores biológicos quanto comportamentais, e uma importância da organização e maior cobertura da APS tanto para diminuição no tempo de encaminhamento para o serviço especializado de fisioterapia, quanto no manejo da COVID-19 (AU).


Introduction: Chronic spine problems are strongly present in society and have a relevant impact on public health due to their high prevalence and the rate of disability and absenteeism that they cause in the population. Much has been discussed about the possible causes of these problems, however little emphasis has been given to the social context and public policies involved in its genesis. In addition, further research is needed on the influence of lifestyle habits, such as the use of technologies and the management of these cases in primary health care. In addition to these aspects, these conditions can generate high waiting lines, increasing the waiting time for the treatment of these conditions. An organized PHC can reduce this high number of cases, in addition to contributing to infectious and contagious conditions, such as COVID-19. This thesis aims to analyze in a broader way the factors that may be associated with chronic spinal problems, as well as the impact of Primary Health Care on COVID-19 management and on the waiting time for the specialized physiotherapy service. Methodology: it is divided into four studies. 1) cross-sectional study, with multilevel analysis of factors associated with chronic back problems, based on the National Health Survey; 2) case-control study, with analysis of factors associated with chronic neck pain in young adults, based on primary data; 3) cross-sectional study, with multilevel analysis of factors associated with waiting time for specialized physiotherapy services, based on the National Program for Improving Access and Quality of Primary Care; and 4) time series with data on diagnosed cases of COVID-19 and their deaths as outcomes in the capitals of the Northeast region of Brazil. Results: a higher prevalence of chronic spine problems was found in females (PR = 1.23; 95% CI 1.15-1.30), aged over 49 years (PR = 1.75; 95% CI 1.1 -1.90), and in individuals who perform heavy activities at work (PR = 1.37; 95% CI 1.28-1.46). It was associated with worse self-assessment of health status (PR = 3.92; 95% CI 3.03-5.07), greater number of days with perception of depression (PR = 1.70; 95% CI 1.50- 1, 94), and the presence of smoking habits (PR = 1.37; 95% CI 1.27-1.48). There was also an association for chronic spine problems in cities with a higher proportion of NASF per inhabitants (PR = 1.28; 95% CI 1.07-1.54). For chronic neck pain in young adults, a greater association was observed in individuals with greater sedentary behavior (OR = 2.41; 95% CI 1.01-5.88) and with vision problems (OR = 2.83; 95% CI 1 , 26-6.38). No association was found between chronic neck pain and postural habits and use of a cell phone. As for the waiting time for the specialized physiotherapy service, less referral time was found in the health teams that received support for the planning and organization of the work process (p <0.0001), in those that provide information about the health situation. health (p <0.0016), in teams that have a counter-reference (p <0.0001) and in teams that are supported by the NASF physiotherapist (p <0.0001. In the management of COVID, a greater coverage of PHC (p=0.01), in addition to a higher rate of social isolation (p=0.001) were shown to be mitigating factors for the dissemination of COVID-19 and its deaths. Conclusion: There is an association of chronic spinal problems with both biological and behavioral factors, and an importance of organization and greater coverage of PHC, both for a reduction in the time of referral to the specialized physiotherapy service, and in the management of COVID-19, with a greater attenuation of cases and deaths in locations with greater coverage of PHC (AU).


Assuntos
Doenças da Coluna Vertebral , Modalidades de Fisioterapia , Determinantes Sociais da Saúde , COVID-19/transmissão , Estudos Transversais/métodos , Inquéritos Epidemiológicos
5.
Rev. bras. epidemiol ; 24(supl.1): e210010, 2021. tab
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: biblio-1288493

RESUMO

ABSTRACT: Objective: To analyze the contextual factors associated with type II diabetes mellitus in Belo Horizonte City. Methods: Cross-sectional study with 5,779 adults living in Belo Horizonte City, participating in the Risk and Protection Factors Surveillance System for Chronic Diseases through Telephone Survey (Vigitel), in 2008, 2009, and 2010. Multilevel regression models were used to test the association between contextual indicators of physical and social environments, and self-reported diagnosis of diabetes, adjusted for individual sociodemographic and lifestyle factors. Descriptive analyzes and multilevel logistic regression models were used, considering a 5% significance level. Results: The prevalence of diabetes was 6.2% (95%CI 5.54 - 6.92), and 3.1% of the variability of chance of presenting diabetes were explained by contextual characteristics. Living in areas with high density of private places for physical activity and high income was associated with a lower chance of having diabetes. The areas with high level of social vulnerability were strongly associated with the chance of presenting diabetes, adjusted for individual characteristics. Conclusion: Characteristics of physical and social environments were associated with the chance of diabetes occurrence. Urban centers with opportunities to adopt healthy behaviors can help to reduce the occurrence of diabetes and its complications.


RESUMO: Objetivo: Analisar os fatores contextuais associados ao diabetes mellitus tipo II em Belo Horizonte (MG). Métodos: Estudo transversal com 5.779 adultos residentes em Belo Horizonte, participantes do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico, nos anos de 2008, 2009 e 2010. Foram utilizados modelos de regressão multinível para testar a associação entre indicadores contextuais do ambiente físico e social e diagnóstico autorreferido de diabetes, ajustados por fatores individuais sociodemográficos e de estilo de vida. Utilizaram-se análises descritivas e modelos de regressão logística multinível, considerando um nível de significância de 5%. Resultados: A prevalência de diabetes foi de 6,2% (IC95% 5,54-6,92), e 3,1% da variabilidade da chance de diabetes nas áreas de abrangência estudadas foi explicada por características contextuais. Residir em áreas com alta densidade de locais privados para prática de atividade física e com alta renda associou-se a menor chance de ter diabetes. As áreas com alto índice de vulnerabilidade social foram fortemente associadas ao diabetes, independentemente de características individuais. Conclusão: A ocorrência de diabetes está associada com as características do ambiente físico e social. Centros urbanos com oportunidades para adoção de comportamentos saudáveis podem ajudar a reduzir a ocorrência de diabetes e as suas complicações.


Assuntos
Humanos , Adulto , Diabetes Mellitus Tipo 2/diagnóstico , Diabetes Mellitus Tipo 2/epidemiologia , Fatores Socioeconômicos , Brasil , Estudos Transversais , Cidades , Análise Multinível , Autorrelato
6.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 36(2): e00057519, 2020. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1089423

RESUMO

A pesquisa buscou identificar os fatores de risco individuais e contextuais da assistência à saúde, suas interações e diferenciais regionais na determinação da mortalidade infantil nas capitais brasileiras. Trata-se de um estudo caso-controle, no qual considerou-se casos os 7.470 óbitos infantis ocorridos em 2012 nas 27 capitais do país, registrados no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e pareados com o Sistema de Informações de Nascidos Vivos (SINASC) por meio do linkage, e 24.285 controles obtidos mediante amostra dos nascidos sobreviventes entre 2011 e 2012 do universo de 1.424.691 nascimentos. As variáveis explicativas do nível individual corresponderam às informações disponibilizadas pelo SINASC, e a variável contextual consistiu um índice de qualidade da assistência hospitalar relativo aos 702 serviços de saúde onde ocorreram os nascimentos. Empregou-se o modelo logístico multinível e a análise de interação. Os principais determinantes da mortalidade infantil foram os fatores biológicos (baixo peso ao nascer, prematuridade, malformação congênita, asfixia grave/moderada e raça/cor), mediados pelos socioeconômicos maternos (escolaridade, estado civil e ocupação), e pela insuficiência de pré-natal. Realizar baixo número de consultas pré-natais representou risco para a mortalidade infantil independentemente da qualidade do serviço, à exceção das capitais da Região Sul. Na interação entre renda e pré-natal, observou-se que realizar poucas consultas e nascer em cidades com alta renda representaram risco maior quando comparados aos nascimentos em capitais de baixa renda (OR = 0,68). A análise multinível evidenciou desigualdades regionais nos modelos de risco e reiterou a importância dos determinantes biológicos com mediação dos fatores socioeconômicos e assistenciais na mortalidade infantil.


The study sought to identify individual and contextual risk factors in healthcare and their interactions and regional differences in the determination of infant mortality in Brazilian state capitals. This was a case-control study that analyzed 7,470 infant deaths in 2012 in the 27 state capitals, recorded in the Brazilian Mortality Information System (SIM) and matched with the Brazilian Information System on Live Births (SINASC) through linkage and 24,285 controls obtained by sampling the surviving liveborn infants from 2011 to 2012 from the total of 1,424,691 births. The individual explanatory variables corresponded to information available in the SINASC database, and the contextual variable consisted of a quality index for hospital care in the 702 healthcare services where the births occurred. A multilevel logistic model was used to analyze interaction. The principal determinants of infant mortality were biological factors (low birthweight, prematurity, congenital malformations, severe/moderate asphyxia, and race/color), mediated by maternal socioeconomic factors (schooling, marital status, and occupation) and insufficiency of prenatal care. Low number of prenatal visits was a risk factor for infant mortality, independently of the service's quality, except in the state capitals in the South of Brazil. In the interaction between income and prenatal care, few prenatal visits and birth in high-income state capitals showed a higher risk when compared to births in low-income state capitals (OR = 0.68). Multilevel analysis evidenced regional inequalities in the risk models and reiterated the importance of biological determinants in the mediation of socioeconomic and healthcare factors in infant mortality.


El objetivo de la investigación fue identificar factores de riesgo individuales y contextuales de asistencia a la salud, sus interacciones y diferenciales regionales en la determinación de la mortalidad infantil en las capitales brasileñas. Se trata de un estudio caso-control, en el que se consideraron como casos los 7.470 óbitos infantiles ocurridos en 2012, en las 27 capitales del país, registrados en el Sistema de Informaciones sobre Mortalidad (SIM) y pareados con el Sistema de Información sobre Nacidos Vivos (SINASC) mediante linkage y 24.285 controles, obtenidos mediante muestra de los nacidos supervivientes entre 2011 y 2012, dentro de un universo de 1.424.691 nacimientos. Las variables explicativas a nivel individual correspondieron a la información proporcionada por el SINASC, y la variable contextual consistió en un índice de calidad de la asistencia hospitalaria, referente a los 702 servicios de salud donde se produjeron los nacimientos. Se empleó el modelo logístico multinivel y un análisis de interacción. Los principales determinantes de la mortalidad infantil fueron los factores biológicos (bajo peso al nacer, prematuridad, malformación congénita, asfixia grave/moderada y raza/color), mediados por los socioeconómicos maternos (escolaridad, estado civil y ocupación), y por la insuficiencia del pre-natal. Realizar un bajo número de consultas pre-natales representó un riesgo para la mortalidad infanti, independientemente de la calidad del servicio, a excepción de las capitales de la Región Sur. En la interacción entre renta y la atención prenatal, se observó que realizar pocas consultas y nacer en ciudades con alta renta representó un riesgo mayor cuando lo comparamos con los nacimientos en capitales con renta baja (OR = 0,68). El análisis multinivel evidenció desigualdades regionales en los modelos de riesgo y reiteró la importancia de los determinantes biológicos con la mediación de factores socioeconómicos y asistenciales en la mortalidad infantil.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Recém-Nascido , Lactente , Fatores Socioeconômicos , Mortalidade Infantil , Cuidado Pré-Natal , Brasil/epidemiologia , Estudos de Casos e Controles
7.
Rev. bras. epidemiol ; 23: e200002, 2020. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1092615

RESUMO

ABSTRACT: Objectives: To estimate the magnitude of gender differences in disability among adults aged 60 and older and to evaluate whether they can be associated with social gender inequality and socioeconomic contextual factors at the level of Brazilian federative units. Methods: This is a multilevel study that used data from 23,575 older adults of 27 federative units who participated in the 2013 Brazilian Health Survey. The activity limitation index was developed from the item response theory, using activities of daily living and instrumental activities of daily living variables. The association of individual and contextual variables with disability was estimated by assessing the magnitude of differences between genders, using cross-level interaction effects in multilevel generalized linear models, including only the variables that were statistically significant in the final model. Results: The prevalence of disability was higher among women (37.6%) than among men (26.5%), totaling 32.7% of the older adults. In the adjusted multilevel analysis, disability was influenced by income inequality (γgini = 0.022, p < 0.001) among federative units. In addition, gender differences in disability were associated with social gender inequalities (γmgiiXsex = 0.020, p = 0.004). Conclusion: Women had higher disability disadvantages compared to men, and those differences were associated with social gender inequalities among the Brazilian federative units influenced by income inequality.


RESUMO: Objetivos: Estimar a magnitude das diferenças de gênero na incapacidade entre adultos com 60 anos ou mais e avaliar se elas podem estar associadas à desigualdade social de gênero e aos fatores contextuais socioeconômicos no nível das unidades federativas brasileiras. Métodos: Estudo multinível que utilizou dados de 23.575 adultos mais velhos das 27 unidades federativas que participaram da Pesquisa Nacional de Saúde de 2013. O índice de limitação de atividades foi desenvolvido a partir da teoria de resposta ao item, utilizando-se variáveis de atividades básicas e instrumentais da vida diária. Foram estimadas as associações das variáveis individuais e contextuais com a incapacidade, avaliando-se a magnitude das diferenças entre os gêneros, ao utilizar efeitos de interação de nível cruzado em modelos lineares generalizados multiníveis, incluindo-se apenas as variáveis que foram estatisticamente significantes no modelo final. Resultados: A prevalência de incapacidade foi mais elevada entre as mulheres (37,6%) do que entre os homens (26,5%), totalizando 32,7% dos adultos mais velhos. Na análise multinível ajustada, a incapacidade foi influenciada pela desigualdade de renda (γgini = 0,022, p < 0,001) entre as unidades federativas. Além disso, as diferenças de gênero na incapacidade foram associadas com as desigualdades sociais de gênero (γmgiiXsex = 0,020, p = 0,004). Conclusões: As mulheres tiveram desvantagens maiores de incapacidade quando comparadas aos homens, e estas diferenças foram associadas às desigualdades sociais de gênero entre unidades federativas brasileiras, influenciadas pelas desigualdades de renda.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Inquéritos Epidemiológicos/estatística & dados numéricos , Pessoas com Deficiência/estatística & dados numéricos , Avaliação da Deficiência , Renda/estatística & dados numéricos , Fatores Socioeconômicos , Brasil/epidemiologia , Atividades Cotidianas , Modelos Lineares , Fatores Sexuais , Estudos Transversais , Distribuição por Sexo , Disparidades nos Níveis de Saúde , Análise Multinível , Pessoa de Meia-Idade
8.
Epidemiol. serv. saúde ; 29(5): e2019468, 2020. tab, graf
Artigo em Inglês, Português | LILACS, ColecionaSUS, SES-SP | ID: biblio-1133819

RESUMO

Objetivo: Avaliar a prevalência e os fatores associados à realização de acolhimento pelas equipes da Atenção Básica à Saúde no Brasil. Métodos: Estudo transversal, realizado com equipes que aderiram ao PMAQ-AB 2012 (Ciclo I). O desfecho utilizado foi o 'acolhimento pela equipe de saúde'; as variáveis independentes foram macrorregião, perfil municipal, índice de Gini e cobertura populacional da Estratégia Saúde da Família, reunião de equipe, estudo da demanda espontânea, consideração da opinião do usuário e existência de educação permanente. Realizou-se análise multinível, por regressão de Poisson. Resultados: A amostra foi composta por 13.751 equipes. A prevalência de acolhimento foi de 78,3% (IC95% 77,6;79,1). Na análise hierárquica, a maior prevalência de acolhimento foi entre as equipes pertencentes à região Sul (RP=1,37 - IC95% 1,27;1,48), tendo por referência a região Nordeste. Conclusão: Há uma distribuição desigual de equipes da Atenção Básica que realizam o acolhimento no país, possivelmente associada às iniquidades regionais.


Objetivo: Evaluar la prevalencia y los factores asociados a la recepción por parte de los equipos de Atención Primaria de Salud en Brasil. Métodos: Estudio transversal que incluyó a equipos que adhirieron al PMAQ-AB 2012 (Ciclo I); el resultado utilizado fue "el acogimiento por el equipo de salud". Las variables independientes fueron macrorregión, perfil municipal, índice de Gini y cobertura poblacional de la Estrategia de Salud Familiar, reunión del equipo, estudio de la demanda espontánea, consideración de la opinión del usuario y existencia de educación permanente. Se realizó un análisis multinivel por regresión de Poisson. Resultados: La muestra consistió en 13.751 equipos. La prevalencia de acogimiento fue del 78,3% (IC95% 77,6;79,1). En el análisis jerárquico, la mayor prevalencia de recepción se produjo entre los equipos pertenecientes a la región Sur (PR=1,37 - IC95% 1,27;1,48) en comparación con la región Nordeste. Conclusión: Hay una distribución desigual de los equipos de atención primaria que realizan acogimiento en Brasil, posiblemente asociados con inequidades regionales.


Objective: To evaluate prevalence and factors associated with service user embracement by Primary Health Care teams in Brazil. Methods: This is a cross-sectional study that included teams that took part in the 2012 National Program for Primary Health Care Access and Quality Improvement (PMAQ-AB) (Cycle I). The outcome used was 'user embracement by the health team'. The independent variables were macro-region, municipal profile, Gini index and Family Health Strategy population coverage, team meetings, study of spontaneous demand, consideration of user opinions and existence of continuing education. Multilevel Poisson regression analysis was performed. Results: The sample consisted of 13,751 teams. User embracement prevalence was 78.3% (95%CI 77.6;79.1). In the hierarchical analysis, the highest prevalence of user embracement was found among Southern region teams (PR=1.37 - 95%CI 1.27;1.48) taking the Northeast region as a reference. Conclusion: There is an uneven distribution of Primary Care teams practicing user embracement in Brazil, possibly associated with regional inequalities.


Assuntos
Humanos , Equipe de Assistência ao Paciente/organização & administração , Atenção Primária à Saúde/organização & administração , Acesso aos Serviços de Saúde , Brasil , Acolhimento , Mensuração das Desigualdades em Saúde , Pesquisa sobre Serviços de Saúde
9.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 36(5): e00026419, 20202. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1100947

RESUMO

A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é um relevante problema de saúde pública mundial, marcado por desigualdades sociais. No Brasil, estudos sobre a HAS adotando uma perspectiva teórica de curso de vida são escassos. O presente artigo visa a analisar a relação entre mobilidade educacional intergeracional (MEI) e HAS em adultos brasileiros, verificando o impacto da discriminação interpessoal e da cor/"raça" nesta relação. Foram analisados dados dos pais e de 1.720 adultos, entre 20 e 59 anos, do Estudo EpiFloripa Adulto. Modelos de regressão multinível com efeitos aleatórios foram estimados. Os efeitos fixos mostraram relação inversa entre MEI e odds de HAS, com significância estatística para MEI alta (modelo paterno: OR [odds ratio] = 0,39, p = 0,006; modelo materno: OR = 0,35, p = 0,002; e modelo familiar: OR = 0,35, p = 0,001). Análises de interação demonstraram, por sua vez, que situações de discriminação podem atuar conjuntamente com a MEI desfavorável, elevando a odds de HAS, especialmente entre negros e pardos. Conclui-se que a MEI constantemente alta é capaz de reduzir significativamente a odds de HAS, mas que a discriminação pode intensificar o efeito de baixos níveis de educação, especialmente em segmentos da população socialmente marginalizados.


La hipertensión arterial sistémica (HAS) es un problema relevante de salud pública mundial, marcado por desigualdades sociales. En Brasil, los estudios sobre la HAS, adoptando una perspectiva teórica de curso de vida, son escasos. El objetivo de este artículo es analizar la relación entre movilidad educacional intergeneracional (MEI) y HAS en adultos brasileños, verificando el impacto de la discriminación interpersonal y del color/"raza" en esa relación. Se analizaron datos de los padres y de 1.720 adultos, entre 20 y 59 años, del Estudio EpiFloripa Adulto. Se estimaron modelos de regresión multinivel con efectos aleatorios. Los efectos fijos mostraron una relación inversa entre MEI y odds de HAS, con significancia estadística para MEI alta (modelo paterno: OR [odds ratio] = 0,39, p = 0,006; modelo materno: OR = 0,35, p = 0,002; y modelo familiar: OR = 0,35, p = 0,001). Los análisis de interacción demostraron, a su vez, que situaciones de discriminación pueden actuar conjuntamente con la MEI desfavorable, elevando la odds de HAS, especialmente entre negros y mulatos/mestizos. Se concluye que una MEI constantemente alta es capaz de reducir significativamente la odds de HAS, sin embargo, la discriminación puede intensificar el efecto de bajos niveles de educación, especialmente en segmentos de la población socialmente marginados.


Systemic arterial hypertension (SAH) or high blood pressure a serious global public health problem marked by social inequalities. There are few studies on SAH in Brazil with a life-course theoretical perspective. The current article aims to analyze the relationship between intergenerational educational mobility (IEM) and SAH in Brazilian adults, verifying the impact of interpersonal and color/"race" discrimination on this relationship. The authors analyzed data from 1,720 adults (20-59 years) and their parents in the EpiFloripa Adult Study. Random-effects multilevel regression models were estimated. The fixed effects showed an inverse relationship between IEM and odds of SAH, with statistical significance for high IEM (paternal model: OR = 0.39, p = 0.006; maternal model: OR = 0.35, p = 0.002; and family model: OR = 0.35, p = 0.001). Meanwhile, interaction models showed that situations of discrimination can act jointly with unfavorable IEM, increasing the odds of SAH, especially among black and brown individuals. The study concludes that persistently high IEM is capable of significantly reducing the odds of SAH, while discrimination can intensify the effect of low education, especially in socially marginalized population segments.


Assuntos
Humanos , Adulto , Escolaridade , Racismo , Hipertensão , Brasil
10.
Belo Horizonte; s.n; 20190823. 116 p.
Tese em Português | LILACS-Express | LILACS, InstitutionalDB, BDENF, ColecionaSUS | ID: biblio-1370362

RESUMO

Introdução: A urbanização desigual, marcante nos países em desenvolvimento, e o rápido envelhecimento populacional podem afetar de forma danosa a satisfação com a vida e a autoavaliação de saúde em adultos e idosos. Assim, o papel do ambiente físico e social deve ser investigado, especialmente naqueles vivendo nas cidades da América Latina, onde urbanização e envelhecimento encontram-se muito acelerados. Objetivos: Investigar a associação entre a satisfação com a vida e as características individuais e medidas objetivas do ambiente construído, entre idosos residentes em Belo Horizonte, Brasil (Artigo 1), bem como investigar a associação entre a autoavaliação de saúde e as características percebidas da vizinhança, entre adultos residentes em quatro cidades da América Latina (Artigo 2). Método: Para contemplar o primeiro objetivo foram analisados dados do inquérito domiciliar "Saúde em Beagá" (2008-2009) e a caracterização objetiva do ambiente pelo método da observação social sistemática (OSS) (2011), ambos realizados nos Distritos Sanitários Oeste e Barreiro de Belo Horizonte - Brasil. O inquérito teve delineamento amostral probabilístico, estratificado, em conglomerados em três estágios (setor censitário, domicílio e um residente de 18 anos e mais). Foram entrevistados 4.048 indivíduos e para este estudo foram analisados os dados dos participantes de 60 anos ou mais (N=834). O desfecho satisfação com a vida foi avaliado por meio da Escala da Escada e categorizado em satisfeito e insatisfeito. As variáveis explicativas foram: demográficas e socioeconômicas, estilo de vida, participação religiosa, saúde e medidas objetivas do ambiente construído. Foram utilizados modelos multiníveis de regressão de Poisson, bivariados e multivariados, com variância de erro robusta, para investigar a associação entre a satisfação com a vida e as variáveis explicativas. Para contemplar o segundo objetivo foram analisados dados de inquérito domiciliar realizado pelo Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), entre os anos de 2016 e 2017, em indivíduos de 20 a 60 anos (N=3.588), em quatro cidades da América Latina (Buenos Aires, Cidade do México, Cidade do Panamá e Lima). O desfecho autoavaliação de saúde foi categorizado em ruim e boa. As variáveis ​​explicativas foram escalas de percepção do ambiente, medidas no nível da vizinhança. São elas: Desordem Física, Desordem Social, Acesso a Serviços, Acesso a Espaços de Lazer e Coesão Social, criadas usando estimativa bayesiana empírica. As covariáveis ​​foram, no nível individual: idade, sexo, escolaridade, índice de riqueza (criado com variáveis ​​de posse de bens de consumo, acesso a serviços básicos e características habitacionais), tempo de residência na respectiva vizinhança e cidade; e um "índice de ambiente social" no nível da vizinhança, criado com variáveis dos censos demográficos harmonizadas. Foram utilizadas modelos de regressão logística multiníveis, em dois níveis (individual e vizinhança). Resultados: O Artigo 1 mostrou maior prevalência de satisfação com a vida em idosos com maior renda, maior participação religiosa, praticantes de atividade física e cuja autopercepção de saúde era boa/muito boa. Ademais, foi observado menor prevalência de satisfação com a vida entre aqueles que moravam em vizinhança com maior desordem física, mesmo após ajustes para características individuais e outras características contextuais. Os resultados do Artigo 2 mostraram que a autoavaliação de saúde ruim esteve positivamente associada à desordem física, mesmo após ajustes para características individuais e contextuais. Conclusão: Intervenções e estratégias que melhorem as características do ambiente físico no qual os indivíduos vivem podem melhorar a satisfação com a vida e a autoavaliação de saúde de adultos e idosos que residem nas cidades.


Introduction: Unequal urbanization, striking in developing countries, and the rapid population aging can adversely affect life satisfaction and self-rated health among adults and old people. The role of the physical and social environment that may be related to these outcomes should be investigated, especially among individuals living in Latin American cities, where urbanization and aging have been so fast. Objectives: To investigate the association between life satisfaction, individual characteristics and objective measures of the built environment, among old people living in Belo Horizonte, Brazil (Paper 1), as well as to investigate the association between self-rated health and perceived neighborhood characteristics among adults living in four Latin American cities (Paper 2). Method: In order to reach the first objective data from the household survey "Saúde em Beagá" (2008-2009) and the objective characterization of the environment by the systematic social observation method (SSO) (2011), carried out in two of the nine Sanitary Districts of Belo Horizonte - Brazil, were used. The survey had a stratified probabilistic sampling design in three-stage conglomerates (census tract, household and a resident of 18 years and over). A total of 4,048 individuals were interviewed and data from participants aged 60 and over were analyzed for this study (n=834). Life satisfaction was assessed by the Ladder Scale and categorized as satisfied and dissatisfied. The explanatory variables were: demographic and socioeconomic, lifestyle, religious participation, health, and objective measures of the built environment. Multilevel Poisson regressions analyses, in the bivariate and multivariate models, with robust variance were used to investigate the association between life satisfaction and explanatory variables. In order to reach the second objective data from a household survey conducted by the Latin American Development Bank (CAF) between 2016 and 2017, among individuals between 20 and 60 years old (N=3,588), in four Latin American cities (Buenos Aires, Lima, Mexico City and Panama City) were analyzed. Self-rated health was categorized as poor and good. Explanatory variables were neighborhood scales: Physical Disorder, Social Disorder, Access to Services, Access to Leisure Spaces, and Social Cohesion, created using empirical Bayesian estimation. The covariates were: individual age, gender, education, wealth index (created with variables of ownership of consumer goods, access to basic services and housing characteristics), length of residency in the respective neighborhood and city; and a neighborhood social environment index, created with harmonized census variables. Multilevel logistic regressions with two levels (individual and "sub-city") were used. Results: Results from Article 1 showed a higher prevalence of life satisfaction in elderly people with higher incomes, higher religious participation, who practiced physical activity and who had good/very good self-rated health. In addition, a lower prevalence of life satisfaction was observed among those living in neighborhood with higher physical disorder, even after adjusting for individual and other contextual characteristics. Findings from Article 2 showed that poor self-rated health was positively associated with Physical Disorder, even after controlling for individual and contextual-level characteristics. Conclusions: Interventions and strategies that improve the characteristics of the physical and social environment in which individuals live can improve life satisfaction and self-rated health among adults and the elderly people living in cities from Latin America.


Assuntos
Humanos , Adulto , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais
11.
Rev. bras. epidemiol ; 22: e190002, 2019. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-985274

RESUMO

RESUMO: Identificar a influência dos fatores socioeconômicos, dos cuidados e da alimentação sobre o estado nutricional infantil são importantes para avaliação e direcionamento de políticas públicas baseadas em intervenções nutricionais. Foram investigados os fatores sociodemográficos e biológicos associados à saída de crianças da faixa de baixo peso-para-idade (escore z de peso-para-idade < -2), nas idades de 6 a 23 meses, durante sua participação em programa de suplementação alimentar (PSA). Trata-se de estudo de coorte com 327 crianças de baixa renda residentes no interior do estado de São Paulo, que ingressaram no PSA aos 6 meses de idade com baixo peso-para-idade. A variável dependente foi "permanecer com baixo ­peso-para-idade durante a participação no programa" (dicotômica), e as independentes referem-se a: 1) características maternas: condição conjugal, escolaridade, idade, situação de trabalho; 2) características das crianças: estar desmamada, sexo, peso ao nascer e idade nas pesagens. Foram realizadas modelagens com regressão logística múltipla multinível. Maior idade da criança na pesagem (OR = 1,20; IC95% 1,08 - 1,34; p = 0,001), maior peso ao nascer (OR = 1,0011; IC95% 1,0001 - 1,0019; p = 0,022) e estar desmamada ao ingressar (OR = 0,20; IC95% 0,08 - 0,52; p = 0,001) se associaram positivamente ao ganho de peso das crianças. Ações focadas na promoção do peso adequado ao nascer e do aleitamento materno e na introdução adequada e oportuna da alimentação complementar saudável são estratégias importantes para maximizar o efeito de PSA no ganho de peso nos primeiros dois anos de vida em crianças de famílias de baixa renda.


ABSTRACT: Identifying the influence of socioeconomic, care, and feeding factors on children's nutritional status is important for the evaluation and targeting of public policies based on nutritional interventions. We investigated the sociodemographic and biological factors associated with children aged 6 to 23 months leaving the low weight-for-age condition (weight-for-age z-score < -2) during their participation in a supplementary feeding program (SFP). This is a cohort study with 327 low-income children living in the inland of the state of São Paulo, who joined the SFP with low weight-for-age when they were six months old. The dependent variable was "maintained low weight-for-age during participation in the program" (dichotomous), and the independent variables related to: 1) maternal characteristics: marital status, schooling, age, and work situation; 2) child characteristics: being weaned, gender, birth weight, and age at weighing. We used a multiple multilevel logistic regression for the modeling. Factors positively associated with children's weight gain were higher age at weighing (OR = 1.20; 95%CI 1.08 - 1.34; p = 0.001); higher birth weight (OR = 1.0011; 95%CI 1.0001 - 1.0019; p = 0.022), and being weaned when joining the program (OR = 0.20; 95%CI 0.08 - 0.52; p = 0.001). Actions focused on promoting appropriate birth weight and breastfeeding, and on adequate and timely introduction to healthy complementary feeding are important strategies to maximize the effects of the SFP on weight gain in the first two years of life of children from low-income families.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Lactente , Aumento de Peso , Estado Nutricional , Fenômenos Fisiológicos da Nutrição do Lactente , Fatores Socioeconômicos , Peso ao Nascer , Brasil , Aleitamento Materno/estatística & dados numéricos , Fatores de Risco , Estudos de Coortes
12.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 35(1): e00197017, 2019. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-974629

RESUMO

The purpose of this study was to determine if self-reported characteristics of social cohesion and local neighborhood safety positively affect the mental health of their residents, regardless of individual characteristics. A sample of participants in the Brazilian Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brasil) baseline was used. The Clinical Interview Schedule-Revised (CIS-R) instrument was used for tracking common mental disorders (CMD). Social cohesion and safety were measured by validated scales of neighborhood environment self-reported characteristics. The multilevel logistic regression model was used to estimate the effect in neighborhoods (level 2) and individuals (level 1), as well as the odds ratios for each neighborhood explanatory variable and social characteristics in the CMD. The results showed that part of the variance (2.3%), in the common mental disorders prevalence is attributed to local neighborhoods. The characteristics of social cohesion and safety remained significant, even after the adjustment of individual explanatory variables. This study confirmed the hypothesis that individuals living in neighborhoods where they perceive low social cohesion and safety present a higher chance of developing CMD.


O objetivo do estudo foi determinar se características auto-referidas de coesão social e segurança local dos bairros afetam positivamente a saúde mental de seus residentes, independentemente de características individuais. Uma amostra de participantes da linha de base do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil) foi usada. O instrumento Clinical Interview Schedule-Revised (CIS-R) foi usado para identificar transtornos mentais comuns (TMC). A coesão social e segurança foram medidos por meio de escalas validadas de características auto-relatadas do ambiente do bairro. Um modelo de regressão logística multinível foi usado para estimar os efeitos nos bairros (nível 2) e nos indivíduos (nível 1), bem como os odds ratios para cara variável explicativa de bairro e características sociais nos TMC. Os resultados demonstram que parte da variância (2,3%) da prevalência de TCM é atribuível aos bairros. As características de coesão social e segurança permaneceram significativas mesmo depois do ajuste de características explicativas individuais. Este estudo confirma a hipótese de que indivíduos que residem em bairros onde percebem baixa coesão social e segurança têm maior chance de desenvolver TCM.


El objetivo de este estudio fue determinar si las características autoinformadas de cohesión social y seguridad local en barrios afectan positivamente la salud mental de sus residentes, independientemente de sus características individuales. Se utilizó como punto de partida una muestra de participantes del Estudio Longitudinal de Salud del Adulto (ELSA-Brasil). Además, se utilizó la herramienta Clinical Interview Schedule-Revised (CIS-R) para realizar un seguimiento de los trastornos mentales más comunes (TMC). La cohesión social y seguridad se midieron mediante escalas validadas de características autoinformadas del vecindario. El modelo de regresión logística multinivel se usó para estimar el efecto en los barrios (nivel 2) e individuos (nivel 1), así como las odds ratios para cada variable explicatoria de barrio y características sociales en los TMC. Los resultados mostraron que parte de la varianza (2,3%) en la prevalencia de TMC es atribuida a los barrios. Las características de cohesión social y seguridad fueron significativas, incluso después del ajuste de las variables individuales explicatorias. Este estudio confirmó la hipótesis de que los individuos que viven en barrios, donde percibían una baja cohesión social y seguridad, presentan una probabilidad más alta de desarrollar TMC.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Meio Social , Transtornos Mentais/epidemiologia , Segurança , Fatores Socioeconômicos , Brasil/epidemiologia , Características de Residência , Saúde Mental , Estudos Longitudinais , Estudos de Validação como Assunto , Análise Multinível
13.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 35(2): e00016418, 2019. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-984133

RESUMO

O objetivo foi verificar se a percepção das desordens físicas e sociais da vizinhança está associada a uma maior pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD), bem como examinar a influência do nível socioeconômico do setor censitário de residência sobre essa associação. Trata-se de um estudo transversal que incluiu uma amostra representativa de 1.720 adultos de 20 a 59 anos, residentes em Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. Foram realizadas duas medidas de pressão arterial e coletadas informações referentes à percepção das desordens no bairro de moradia. A variável contextual utilizada foi a média de anos de escolaridade do chefe da família dos setores censitários investigados. A análise estatística incluiu modelos multiníveis, com o primeiro nível representado pelos indivíduos e o segundo, pelos setores censitários. Termos de interação entre os tercis de escolaridade do setor censitário e os tercis de percepção de desordens de vizinhança sobre a pressão arterial foram examinados. Não foram identificadas associações estatisticamente significativas globais entre desordens de bairro e PAS ou PAD. Entretanto, foi identificada uma média de PAS 7,88mmHg (IC95%: 1,38; 14,40) maior entre os respondentes que percebiam mais desordens de vizinhança e residiam em um setor com menor escolaridade, quando comparados com a categoria de referência. As políticas públicas que visam a reduzir ou que tenham impacto sobre os níveis pressóricos sistólico e diastólico na população também devem considerar as características do contexto em que a população está inserida, especificamente aqueles marcados por menores níveis de escolaridade.


El objetivo de este trabajo fue verificar si la percepción de desórdenes físicos y sociales en el vecindario está asociada a una mayor presión arterial sistólica (PAS) y diastólica (PAD), así como examinar la influencia del nivel socioeconómico del sector censal de residencia sobre esta asociación. Se trata de un estudio transversal, que incluyó una muestra representativa de 1.720 adultos de 20 a 59 años, residentes en Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. Se realizaron dos medidas de presión arterial y se recogió información referente a la percepción de desórdenes en el barrio de residencia. La variable contextual utilizada fue la media de años de escolaridad del jefe de familia en los sectores censales investigados. El análisis estadístico incluyó modelos multiniveles, con un primer nivel representado por individuos y, el segundo, por los sectores censales. Se examinaron los términos de interacción entre los terciles de escolaridad del sector censal y los terciles de percepción de desórdenes en el vecindario sobre la presión arterial. No se identificaron asociaciones estadísticamente significativas globales entre los desórdenes en el barrio y la PAS o PAD. No obstante, se identificó una media de PAS de 7,88mmHg (IC95%: 1,38; 14,40) mayor entre quienes respondían que percibían más desórdenes en el vecindario y residían en un sector con menor escolaridad, si se comparan con la categoría de referencia. Las políticas públicas que tienen como fin reducir o tener impacto sobre los niveles de presión sistólico y diastólico en la población, también deben considerar las características del contexto en el que la población está ubicada, específicamente aquellos espacios marcados por sus menores niveles de escolaridad.


The aim of this study was to verify whether the perception of neighborhood physical and social disorder is associated with increased systolic (SBP) and diastolic blood pressure (DBP), as well as to examine the influence of the residential census tract's socioeconomic status on this association. This was a cross-sectional study that included a representative sample of 1,720 adults 20 to 59 years of age living in Florianópolis, Santa Catarina State, Brazil. Two blood pressure measurements were taken, and information was collected on the perception of neighborhood disorder. The contextual variable was the mean head-of-household's years of schooling in the selected census tracts. Statistical analysis included multilevel models with the first level represented by individuals and the second by census tracts. Interaction terms were examined between schooling tertiles in the census tract and tertiles of perception of neighborhood disorder on blood pressure. No statistically significant overall associations were identified between neighborhood disorder and SBP or DBP. However, the study showed a mean increase in SBP of 7.88mmHg (95%CI: 1.38; 14.40) in subjects that perceived more neighborhood disorder and lived in census tracts with less schooling, when compared to the reference category. Public policies aimed at lowering or that have an impact on SBP and DBP in the population should also address the characteristics of the context where the population lives, specifically in contexts marked by lower levels of schooling.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Adulto Jovem , Características de Residência/estatística & dados numéricos , Hipertensão/epidemiologia , Autoimagem , Fatores Socioeconômicos , Pressão Sanguínea , Brasil/epidemiologia , Saúde da População Urbana , Estudos Transversais , Pesquisa Participativa Baseada na Comunidade , Hipertensão/prevenção & controle
14.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 23(9): 2991-3000, set. 2018. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-952772

RESUMO

Abstract The objective of the present study was to examine the magnitude of gender differences in activity limitations among the elderly, and the effect of the health and social individual factors and the context of social gender inequality in Europe. Cross-sectional design was performed. The study population included residents aged 60 years or over from 17 countries that participated in the Survey of Health, Ageing and Retirement in Europe conducted in 2010-13 (n = 49,685). Gender differences in activity limitation in each country was estimated. For multilevel analysis adjusted linear mixed effect models were used, where the intercept and 'sex' were considered random effects, with the 95% confidence intervals. The activity limitation index was created from a two parameter logistic combined models of item response theory. The average activity limitation index was significantly higher in women, (g10 = b1j = 0.36, p < 0.001), and was then controlled by individual and contextual factors, while the extent of these differences varied among countries. The European countries with the greatest gender differences in activity limitations were those with the greatest social gender inequalities, with women presenting a significant disadvantage.


Resumo O presente estudo objetivou examinar as magnitudes das diferenças de gênero nas limitações de atividades entre idosos, e o efeito dos fatores sociais e de saúde e o contexto de desigualdades sociais de gênero na Europa. Foi realizado um estudo descritivo retrospectivo de corte transversal. A população do estudo incluiu residentes com 60 ou mais anos de idade de 17 países que participaram do Inquérito de Saúde, Envelhecimento e Reforma na Europa, conduzido em 2010-13 (n = 49.685). Foram estimadas as diferenças de gênero nas limitações de atividades para cada país. Para a análise multinível foram ajustados modelos mistos lineares, onde o intercepto e o 'sexo' foram considerados efeitos aleatórios, com intervalos de confiança de 95%. O índice de limitação de atividades foi criado a partir de modelos combinados de dois parâmetros logísticos, na teoria de resposta ao item. A média do índice de limitação de atividades foi significativamente mais alta em mulheres, (g10 = b1j = 0,36, p < 0,001), controlada por fatores individuais e contextuais, enquanto a extensão destas diferenças de gênero variou entre os países. Os países com as maiores diferenças de gênero nas limitações de atividade foram aqueles com as maiores desigualdades sociais de gênero, com as mulheres apresentando uma desvantagem significativa.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Atividades Cotidianas , Nível de Saúde , Avaliação da Deficiência , Disparidades nos Níveis de Saúde , Modelos Logísticos , Fatores Sexuais , Estudos Transversais , Inquéritos Epidemiológicos , Europa (Continente) , Pessoa de Meia-Idade
15.
J. pediatr. (Rio J.) ; 94(3): 313-319, May-June 2018. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-954610

RESUMO

Abstract Objective The aim of this study was to examine the association between individual and school context characteristics with the body mass index of Portuguese children. Methods The sample comprised 1641 children (847 boys) aged 6-10 years from the North and Central regions of Portugal. Regarding the individual characteristics, age, gender, city of residence, levels of physical activity, and physical fitness were assessed. Concerning the school context characteristics, the surrounding environment, school size, presence of recreational characteristics and space, and presence of a sports court and of physical education classes were considered. Children's body mass index was the dependent variable. The multilevel analysis was carried out in HLM 7.0 software. Results The predictors of the child and the school context explained, respectively, 97.3% and 2.7% of the total body mass index variance. Regarding the individual characteristics, older children, boys, and those who had lower performance at the 1-mile run/walk, curl-up, push-up, and higher performance in trunk lift tests showed higher BMI. Further, urban schools with higher recreational spaces were positively associated with children's body mass index. Conclusion School context variables have a reduced effect on body mass index variation compared to the children's biological and behavioral characteristics. The authors therefore encourage strategies that aim to increasing children's physical fitness levels to help prevent excess weight.


Resumo Objetivo Examinar a associação de características individuais e do contexto escolar no índice de massa corporal de crianças portuguesas. Método A amostra compreendeu 1.641 crianças (847 meninos) de 6 a 10 anos. Em relação às características individuais foram utilizadas informações relativas ao sexo, à idade, à residência, à atividade física e à aptidão física. Em termos de contexto escolar, foram considerados o meio ambiente, o tamanho da escola, a presença de recreio, as características e as dimensões do espaço disponível para o recreio, a existência de quadra poliesportiva e de aulas de educação física. O índice de massa corporal [kg/(m2)] foi a variável dependente. A análise multinível foi efetuada no software HLM 7.0. Resultados Os preditores da criança e do contexto escolar explicaram, respectivamente, 97,3% e 2,7% da variância total do índice de massa corporal. Quanto às características individuais, a idade (mais velhos) e o sexo (meninos), bem como o desempenho reduzido nas provas de corrida/marcha da milha, do curl-up, do push-up e valores elevados no trunk lift, estiveram associados ao aumento no índice de massa corporal. Escolas do meio urbano e escolas com maiores espaços para o recreio também estiveram positivamente associadas ao aumento do índice de massa corporal. Conclusões As variáveis do contexto escolar têm um efeito reduzido na variação do índice de massa corporal comparativamente às características biológicas e comportamentais das crianças. Sugere-se a aplicação de programas que visem ao incremento dos níveis de aptidão física das crianças para prevenir o excesso de peso na infância.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Criança , Educação Física e Treinamento , Instituições Acadêmicas/estatística & dados numéricos , Exercício Físico/fisiologia , Índice de Massa Corporal , Obesidade/epidemiologia , Portugal/epidemiologia , Fatores Socioeconômicos , Obesidade/fisiopatologia
16.
Belo Horizonte; s.n; 2018. 156 p. tab, graf, ilus, mapa.
Tese em Português | LILACS, BDENF | ID: biblio-981526

RESUMO

Há evidências crescentes de que o ambiente em que as pessoas vivem é um determinante importante dos comportamentos obesogênicos. O objetivo deste estudo foi analisar a associação entre o contexto da vizinhança e o comportamento sedentário e o hábito alimentar não saudável da população adulta de Belo Horizonte, Minas Gerais. Trata-se de um estudo transversal, usando dados do sistema de vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico (Vigitel) realizado no período de 2008 a 2010, na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais. O hábito alimentar não saudável foi avaliado a partir de um escore de alimentação não saudável com base no consumo de carne com excesso de gordura, refrigerante e carne vermelha e o não consumo de frutas e hortaliças. Foi considerado comportamento sedentário o hábito de assistir televisão por quatro ou mais horas por dia. Informações georreferenciadas do ambiente físico (locais públicos e privados para a prática de atividade física, densidade de estabelecimentos com venda de alimentos, densidade populacional, densidade residencial) e social (taxa de homicídio, renda média total e índice de vulnerabilidade a saúde) das áreas de abrangência das unidades básicas de saúde (AAUBS) foram inseridas na base do Vigitel. As variáveis sociodemográficas, de estilo de vida e de saúde foram utilizadas como ajuste. Para a análise dos dados, foram utilizadas a técnica de varredura scan e a regressão logística multinível. Foram estudados 5.783 indivíduos, distribuídos em 148 AAUBS. A análise espacial identificou cluster significativo de alta prevalência de comportamento sedentário e hábito alimentar não saudável em Belo Horizonte, mesmo após ajuste por características sociodemográficas. Ao comparar as AAUBS dos clusters com as AAUBS não pertencentes aos clusters, observaram-se diferenças significativas no ambiente físico e no social. Vericou-se que viver em AAUBS com alto índice de vulnerabilidade à saúde e baixa renda aumentam a chance de apresentar hábito alimentar não saudável. Em relação ao comportamento sedentário, observou-se que viver em AAUBS com alta taxa de homicídio aumenta a chance de o indivíduo apresentar comportamento sedentário. Essas associações permaneceram significativas após ajuste pelas características individuais. As evidências encontradas neste estudo mostraram que o ambiente social podem influenciar os indivíduos a se envolverem em comportamentos não saudáveis e devem ser incorporados em futuras intervenções e estratégias de promoção da saúde e redução da obesidade.(AU)


There are increasing evidences that the environment in which people live is an important determinant of obesogenic behaviors. The aim of this study is to analyze contextual factors associated with the unhealthy eating habits and sedentary behavior of the adult population of Belo Horizonte, Minas Gerais. This is a cross-sectional study using data from the Surveillance System for Risk Factors and Protection for Chronic Diseases by Telephone Inquiry (Vigitel) conducted in the years 2008 to 2010, in the city of Belo Horizonte, Minas Gerais. The unhealthy eating habits were evaluated from an unhealthy eating score based on the consumption of meat with excess fat, soda and red meat, and, the non - consumption of fruits and vegetables. Sedentary behavior was considered when the individual reported habit of watching television four or more hours per day. Georeferenced information of physical (public and private places for physical activity, density of food-retail establishments, population density, and residential density) and social environment (homicide rate, total mean income and health vulnerability index) of the covered area of the basic health units (CABHUs) were inserted in the base Vigitel. Sociodemographic, lifestyle and health variables were used as adjustment. For analysis of the data, the technique of scan scanning and multilevel logistic regression were used. A total of 5,783 individuals were studied. The spatial analysis identified a significant cluster of high prevalence of sedentary behavior and unhealthy eating habits in Belo Horizonte, even after adjusting for sociodemographic characteristics. When comparing the areas inside and outside the clusters, we observed significant differences in the physical and social environment. It was observed that to live in CABHUs with high health vulnerability index and low income increase the unhealthy eating habits. Regarding sedentary behavior, it was verified that the high homicide rate increases the chance of the individual presenting sedentary behavior. These associations remained significant after adjustment for individual characteristics. The evidence found in this study showed that the social environment may influence individuals to engage in unhealthy behaviors and should be incorporated into future interventions and strategies for health promotion and reduction of obesity.(AU)


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Ingestão de Alimentos , Fatores de Risco , Comportamento Alimentar/psicologia , Comportamento Sedentário , Fatores Socioeconômicos , Doença Crônica/prevenção & controle , Dissertação Acadêmica , Análise Multinível
17.
Belo Horizonte; s.n; 2018. 100 p. tab, ilus, mapa, graf.
Tese em Português | LILACS, BDENF | ID: biblio-981769

RESUMO

Introdução: A vacina contra hepatite B (recombinante) (VCHB) configura-se como a maneira mais eficaz na prevenção da infecção do vírus da Hepatite B (VHB). A situação vacinal sofre influência de fatores intrínsecos aos indivíduos e, também, dos fatores contextuais. Objetivo: Analisar os fatores ambientais e individuais associados à vacinação contra Hepatite B em gestantes. Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática de literatura e meta-análise e estudo epidemiológico com delineamento transversal. Em relação à revisão sistemática, a estratégia de busca foi realizada no EMBASE e MEDLINE. A seleção abrangeu: mulheres grávidas; estudos de coorte ou transversais; estudos com dados sobre a taxa de vacinação contra hepatite B e fatores de risco relacionados. Os modelos de efeitos fixos e os de efeitos aleatórios foram aplicados, utilizando o modelo de acordo com a heterogeneidade metodológica entre os estudos. A heterogeneidade entre os estudos foi avaliada usando a estatística Q e o teste do I-quadrado. Para o estudo epidemiológico, utilizaram-se dados de 266 puérperas que participaram da pesquisa: "Nascer em Belo Horizonte: Inquérito sobre o parto e nascimento". A coleta de dados ocorreu em 11 maternidades de Belo Horizonte, Minas Gerais. A presença de registro da VCHB presente na caderneta de pré-natal foi utilizada como medida indireta da imunização da gestante e considerada como desfecho. Para a detecção do cluster de risco para presença de registro ou ausência de VCHB, foi utilizada a técnica de varredura espacial. Posteriormente, procedeu-se à comparação das variáveis individuais e ambientais entre as Áreas de Abrangência da Unidade Básica de Saúde (AA-UBS). Para avaliar a associação entre os fatores que influenciam a VCHB de gestantes realizou-se a regressão logística multinível. Resultados: A revisão sistemática evidenciou 7 estudos que preencheram todos os critérios de inclusão e 4 foram incluídos na meta-análise. A análise conjunta demonstrou uma associação positiva com um maior nível de escolaridade e VCHB (OR: 1,46; IC 95% 1,12-1,92). Não houve heterogeneidade significativa entre os estudos (I2 = 18%). No estudo epidemiológico, a prevalência de não registro nas cadernetas das gestantes para VCHB foi de 88,34%. Na análise de varredura espacial Scan, observou-se um cluster de alta prevalência para registro de VCHB, sendo que a probabilidade de encontrar uma puérpera com registro VCHB no cluster foi 8,33 vezes comparada com as demais AAUBS. Análises comparativas demonstraram que o trabalho remunerado e o número de consultas realizadas no pré-natal associaram-se positivamente ao registro para VCHB. No modelo logístico multinível final, gestantes que residiam em AA-UBS com maior taxa de criminalidade apresentaram maior chance de não registro para VCHB. Conclusão: Fatores ambientais, como residir em área de altas taxas de criminalidade, e fatores individuais, como maior nível educacional, exercer trabalho remunerado e realizar maior número de consulta de pré-natal, foram determinantes para as taxas de registros de VCHB nas cadernetas das gestantes.(AU)


Introduction: Hepatitis B vaccine (recombinant) (HBV) is the most effective way to prevent hepatitis B virus infection. Vaccination status is influenced by intrinsic individual factors and contextual factors. Objective: To analyze the environmental and individual factors associated with hepatitis B vaccination in pregnant women. Methods: This is a systematic review and meta-analysis of the literature, and epidemiological study with a cross-sectional design. Regarding the systematic review, the search strategy was performed in EMBASE and MEDLINE. The selection included: pregnant women; cohort or cross-sectional studies; studies with data on the vaccination rate against hepatitis B and related risk factors. Fixed and random effects models were applied, according to the methodological heterogeneity between the studies. Heterogeneity between the studies was evaluated using the Q statistic and I-square tests. For the epidemiological study, we used the data of 266 postpartum women who participated in the study: "Birth in Belo Horizonte: Birth and Birth Survey". Data were collected in 11 maternity hospitals in Belo Horizonte, Minas Gerais. The presence of HBV registry in the prenatal care booklet was used as an indirect measure of a pregnant woman´s immunization and was considered as an outcome. For the detection of risk cluster for the presence or absence of HBV registry , spatial scanning technique was used. Subsequently, individual and environmental variables were compared between the coverage areas of the Basic Health Units (CAs - BHUs). In order to evaluate the association between the factors influencing HBV vaccination of pregnant women, multilevel logistic regression was performed. Results: The systematic review evidenced 7 studies that met all the inclusion criteria and 4 were included in the meta-analysis. Pooled analysis showed a positive association between higher education level and hepatitis B vaccination rate (OR: 1.46, 95% CI 1.12­1.92). There was no significant heterogeneity between the studies (I2 = 18%). In the epidemiological study, the prevalence of non- HBV was 88.34%. In the spatial scan analysis, a cluster of high prevalence of HBV was observed, and the probability of finding a puerperium with HBV registration in the cluster was 8.33 times compared to other CAs - BHUs. Comparative analysis showed that the paid work and the number of consultations during prenatal care were positively associated with HBV. In the final multilevel logistic model, pregnant women residing in CAs - BHUs with higher crime rate presented a greater chance of non- HBV. Conclusion: Environmental factors, such as residing in an area of high crime rates, and individual factors, such as higher education level, paid work and greater number of prenatal consultations, were determinant for HBV rates in pregnant women.(AU)


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Vacinas contra Hepatite B , Gestantes , Fatores Socioeconômicos , Dissertação Acadêmica , Análise Multinível , Análise Espacial , Hepatite B/epidemiologia
18.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 23(11): 3979-3988, Oct. 2018. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-974748

RESUMO

Abstract This study describes the spatial-temporal changes of the proportion of ill-defined causes of death in Brazil (1998-2012) and investigates which demographic and socioeconomic factors affect this proportion. We collected information of the proportion of ill-defined causes of death by age (15-59 years), sex, period, locality, and socioeconomic data. We used a multilevel Poisson model to investigate which factors affect the risk of ill-defined causes of death. Unlike states located in the South and Midwest, we detected clusters with high proportional levels of these deaths in states in the North and Northeast regions. A greater proportion occurred in 1998-2002 (0.09), in the North and Northeast (0.14 and 0.12, respectively), in older age groups (0.09), and in places with poor socioeconomic conditions. The adjusted analysis showed differences in proportion according to the region, age, period, schooling, social inequality, and income. The results indicate that the lower the age group and the better the socioeconomic situation, the lower the risk to register the cause of death as ill-defined. Although over the past years, the quality of Brazil's mortality data has gradually increased, investments towards improving mortality registries cannot be discontinued.


Resumo Este estudo descreve as mudanças espaço-temporais da proporção de causas mal definidas no Brasil (1998-2012) e seus fatores associados. Coletamos informações da proporção de óbitos por causas mal definidas por idade (15-59 anos), sexo, período, local de residência, além de fatores socioeconômicos. Utilizou-se modelo multinível de Poisson para investigar os fatores associados às causas mal definidas dos óbitos. Ao contrário dos estados do sul e centro-oeste, identificou-se clusters com elevados níveis proporcionais destes óbitos nos estados do norte, nordeste e sudeste. A maior proporção de óbitos mal definidos ocorreu em 1998-2002 (0,09), no norte e nordeste (0,14 e 0,12, respectivamente), nos grupos etários mais velhos (0,09) e nos locais com condições socioeconômicas desfavoráveis. A análise ajustada indicou diferença dos níveis de causas mal definidas de acordo com a região, a idade, o período, a escolaridade, a desigualdade social e a renda. Nossos resultados sugerem que quanto menor a faixa etária e melhores as condições socioeconômicas, menor o risco de óbitos mal definidos. Apesar de nos últimos anos a qualidade dos dados de mortalidade no Brasil ter aumentado, os investimentos na melhoria do registro dos óbitos não podem ser descontinuadas.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Adulto , Adulto Jovem , Sistema de Registros , Modelos Estatísticos , Causas de Morte , Fatores Socioeconômicos , Brasil/epidemiologia , Distribuição de Poisson , Fatores de Risco , Fatores Etários , Análise Multinível , Pessoa de Meia-Idade
19.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 34(5): e00053117, 2018. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-952391

RESUMO

The aim of this study was to determine the contribution of individual and school characteristics to the variability in body mass index (BMI) z-scores of 7 to 10 years old children. Anthropometric and sociodemographic data from two cross-sectional studies conducted with schoolchildren from the 2nd to the 5th grades of elementary schools were analyses (n = 2,936 in 2002, and n = 1,232 in 2007). Multilevel modeling was used to estimate variations in BMI at child and school levels. The contribution of the school context to the overall variability of BMI z-score was small but significant in 2002 (3.3%-4.4%) and in 2007 (2.4%-5.3%), showing that schoolchildren from private schools had a higher BMI compared to those from public schools. The monthly family income showed, in general, a negative association with BMI z-score in 2002 and a positive association in 2007, for both sexes. The consumption of sweets showed a negative effect in the BMIs of children. In both surveys, overweight/obese mothers and excessive birth weight were positively associated with BMI z-score. Mother's weight status had a higher influence on the overall variability of BMI in both surveys. In conclusion, school and child characteristics contributed to the variance in children's weight status. The results imply that overweight/obesity childhood prevention programs should focus on strategies of family engagement to be more effective.


O estudo teve como objetivo medir a contribuição das características individuais do aluno e da escola à variabilidade dos escores-z do índice de massa corporal (IMC) em crianças brasileiras entre 7 e 10 anos de idade. Foram analisados dados antropométricos e sociodemográficos de dois estudos trnasversais conduzidos com escolares da segunda à quinta série de Ensino Fundamental (n = 2.936 em 2002 e n = 1.232 em 2007). A modelagem multinível foi utilizada para estimar as variações de IMC em nível individual e de escola. A contribuição do contexto escolar à variabilidade global do escore-z do IMC foi pequena, porém significativa, em 2002 (3,3%-4,4%) e em 2007 (2,4%-5,3%), mostrando que alunos de escolas particulares tinham IMC mais alto, comparado ao dos alunos de escolas públicas. A renda familiar mensal mostrou uma associação negativa com o escore-z do IMC em 2002 e uma associação positiva em 2007, para ambos sexos. O consumo de doces mostrou efeito negativo sobre o IMC das crianças. Em ambos estudos, filhos de mães com sobrepeso/obesidade e alunos com história de excesso de peso ao nascer mostraram associação positiva com o escore-z do IMC. Em ambos estudos, o estado nutricional materno mostrou influência maior sobre a variabilidade global do IMC. Em conclusão, as características da escola e do aluno contribuíram para a variância no IMC da criança. Os resultados sugerem que, para serem mais eficazes, os programas de prevenção de sobrepeso/obesidade na infância devem focar em estratégias com participação da família.


El objetivo de este estudio fue determinar la contribución de las características individuales y escolares en la variabilidad del índice de masa corporal (IMC) z-scores en niños de entre 7 a 10 años de edad. Se analizaron datos antropométricos y sociodemográficos de dos estudios transversales conducidos con escolares de la segunda a la quinta serie de la enseñanza fundamental (n = 2.936 en 2002 y n = 1.232 en 2007). Se utilizaron modelos multinivel para estimar variaciones en el IMC en los niveles infantiles y escolares. La contribución del contexto escolar para la variabilidad general de IMC z-score fue pequeña, pero significativa en 2002 (3,3%-4,4%) y en 2007 (2,4%-5,3%), indicando que los escolares de escuelas privadas tenían un IMC superior, comparados con los de las escuelas públicas. Los ingresos familiares mensuales mostraron, en general, una asociación negativa con el IMC z-score en 2002 y una asociación positiva en 2007, para ambos sexos. El consumo de dulces mostró un efecto negativo en el IMC de los niños. En ambas encuestas, las madres con sobrepeso/obesas y el peso excesivo al nacer se asociaron positivamente con el IMC z-score. El estatus del peso de la madre tuvo una influencia más alta en la variabilidad general del IMC en ambas encuestas. En conclusión, las características escolares y del niño contribuyeron a la variancia en el estatus de peso de los niños. Los resultados implican que los programas infantiles de prevención de sobrepeso/obesidad deberían enfocarse en estrategias de adhesión familiar para ser más efectivos.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Criança , Índice de Massa Corporal , Estado Nutricional , Obesidade Pediátrica/epidemiologia , Instituições Acadêmicas/estatística & dados numéricos , Fatores Socioeconômicos , Brasil/epidemiologia , Estudos Transversais , Setor Público , Setor Privado , Análise Multinível , Comportamento Sedentário , Serviços de Alimentação
20.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 34(8): e00163717, 2018. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-952431

RESUMO

Abstract: This study aimed to identify the main regional factors associated with variations in the prevalence of functional limitation on the older adult in Colombia adjusted by individual characteristics. This multilevel study used cross-sectional data from 23,694 adults over 60 years of age in the SABE, Colombia nationwide survey. State-level factors (poverty, development, inequity, violence, health coverage, and access to improved water sources), as well as individual health related, socioeconomic and demographic characteristics, were analyzed. The overall prevalence of functional impairment for the basic activities of daily living (ADL) was 22%. The presence of comorbidities, low educational level, physical inactivity, no participation in social groups, mistreatment and being over 75 years old were associated with functional limitation. At the group level, the analysis showed significant differences in the functional limitation prevalence across states, particularly regarding the socioeconomic status measured according to the Human Development Index (median OR = 1.22; 95%CI: 1.13-1.30; p = 0.011). This study provides evidence on the impact of socioeconomic variation across states on FL prevalence in the Colombian elderly once adjusted for individual characteristics. The findings of this study, through a multilevel approach methodology, provide information to effectively address the conditions that affect the functionality in this population through the identification and prioritization of public health care in groups with economic and health vulnerability.


Resumen: Este estudio tuvo por objetivo identificar los principales factores regionales, asociados con variaciones en la prevalencia de la limitación funcional en adultos mayores en Colombia, ajustados por características individuales. Este estudio multinivel usó datos transversales de 23.694 adultos, con más de 60 años de edad, en el SABE, encuesta nacional colombiana. Los factores nacionales (pobreza, desarrollo, inequidad, violencia, cobertura sanitaria, y acceso a fuentes mejoradas de agua), así como en relación con su salud individual, al igual que se analizaron las características socioeconómicas y demográficas. La prevalencia general de discapacidad funcional para las actividades básicas de la vida diaria (ABVD) fue de un 22%. La presencia de comorbilidades, bajo nivel educacional, inactividad física, la no participación en grupos sociales, maltrato y tener más de 75 años de edad estuvo asociado con la limitación funcional. En el nivel del grupo, el análisis mostró significativas diferencias respecto a la prevalencia de limitación funcional, a través de los diferentes estados, particularmente en lo referente al estatus socioeconómico, medido según el Índice de Desarrollo Humano (OR mediano = 1,22; IC95%: 1,13-1,30; p = 0,011). Este estudio proporciona evidencia sobre el impacto de la variación socioeconómica a través de los estados sobre la prevalencia de limitación funcional en los ancianos colombianos, una vez ajustadas las características individuales. Los resultados de este estudio, mediante una metodología de aproximación multinivel, proporcionan información con el fin de orientar efectivamente sobre las condiciones que afectan la funcionalidad de este tipo de población, mediante la identificación y priorización de los cuidados en la salud pública con grupos vulnerables económicamente y desde la perspectiva de la salud.


Resumo: O estudo teve como objetivo identificar os principais fatores regionais associados a variações na prevalência de limitação funcional na população idosa colombiana, ajustada por fatores individuais. O estudo multinível usou dados transversais de 23.694 adultos com mais de 60 anos de idade do estudo SABE colombiano. Foram analisados fatores de nível estadual (índices de pobreza, desenvolvimento, inequidade, violência, cobertura de saúde e acesso a água potável) e fatores individuais (sociodemográficos e de saúde). A prevalência global de comprometimento funcional nas atividades de vida diária (AVD) foi de 22%. A presença de comorbidades, escolaridade baixa, sedentarismo, falta de participação em grupos sociais, maus tratos e idade acima de 75 anos estiveram associados à limitação funcional. Em nível de grupo, a análise mostrou diferenças significativas na prevalência de limitação funcional entre os estados, particularmente quanto à condição socioeconômica, medida pelo Índice de Desenvolvimento Humano (OR médio = 1,22; IC95%: 1,13-1,30; p = 0,011). O estudo oferece evidências do impacto da variação socioeconômica entre estados na prevalência de limitação funcional nos idosos colombianos depois de ajustar por fatores individuais. Através de uma metodologia multinível, os achados fornecem informações para tratar efetivamente as condições que afetam a funcionalidade dessa população idosa através da identificação e priorização dos cuidados de saúde em grupos com vulnerabilidade econômica e sanitária.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Atividades Cotidianas , Avaliação Geriátrica/estatística & dados numéricos , Análise Multinível/métodos , Classe Social , Fatores Socioeconômicos , Envelhecimento/fisiologia , Comorbidade , Prevalência , Estudos Transversais , Colômbia , Limitação da Mobilidade
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